No fim do ano passado, a Justiça Federal no Rio Grande do Sul encerrou um dos mais longos capítulos dessa disputa. O caso remonta a 1972, quando a polícia apreendeu garrafas de Coca em uma fábrica da Pepsi. As garrafas eram feitas de vidro, elas eram comprados uma vez pelos consumidores, que, depois, as devolviam e pagavam apenas pelo líquido. Sem as embalagens, as empresas tinham dificuldade de vender seu produto e podiam perder mercado.
Em 1974, a polícia voltou a encontrar garrafas da Coca em estabelecimentos da Pepsi. A Coca acusou a concorrente de escondê-las e alegou que a Pepsi havia quebrado parte dos seus recipientes, denunciando sua adversária ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Pepsi foi condenada e multada em um julgamento que entrou para a história. Foi a primeira vez que o Cade, criado doze anos antes, puniu uma companhia.
O episódio, que ficou conhecido como Guerra das Garrafas, ganhou, agora, um novo desfecho. A Justiça Federal considerou que não havia provas contra a Pepsi, inocentou-a definitivamente e sentenciou a União a devolver à empresa o valor da multa que ela havia pago quase quarenta anos antes, mas para a Pepsi, a compensação financeira não foi relevante.
Fonte: http://veja.abril.com.br/170210/guerra-canudinhos-p-066.shtml
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